Iniciada no candomblé a 11 anos, Mãe Aline sabia que um dia seria a Yalorixá do Ilê de Oxum. Porém, o caminho era longo e árduo, além disso, tinha consciência que, sozinha, ninguém consegue fazer nada. Humildemente, ela pediu a Exu que abrisse seus caminhos, a Mãe Oxum que lhe desse apoio para erguer sua casa, força ao poderoso Ogum e a doce Iemanjá, ele pediu filhos. Filhos que a ajudassem a construir e estruturar as bases de seu compromisso, pois ela sempre soube ser apenas um elemento na condução dessa missão. Em poucos meses, Exu mostrou o caminho, Ogum preparou sua caminhada com cuidado e Mãe Oxum ganhou sua casa. Iemanjá lhe ofereceu 30 filhos para amar, orientar e zelar por eles.
O amor, sua dedicação e a ligação eterna com o sagrado que fez com que ela vestisse as armaduras e fosse para frente, sustentando e conduzindo a casa de Candomblé. A liderança de um Terreiro não é fácil, requer muita responsabilidade, muita dedicação, amor e respeito pelo que você faz.